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sexta-feira, 25 de março de 2022

Emagrecer: A Fórmula Mágica da Felicidade?

A maioria das pessoas procura nos vender a fórmula mágica da felicidade dizendo que emagrecer resolveria magicamente todos os problemas de qualquer pessoa só que minha cara pessoa que está lendo sinto lhe informar, isto é MENTIRA!!!

Ser magro não é garantia de felicidade, não é garantia de saúde, não é garantia de nada minha gente!! E me irrita profundamente quando vejo ex-gordos com o discurso gordofóbico em páginas voltadas para o povo gordo! Mano, se tu emagreceu e não é mais gordo e tá bem da cabeça o que que você tá fazendo enchendo o saco de nós gordos? Sai do nosso meio, vai lá pro meio dos magros pedir biscoito e confete contar sua historinha de "superação", que na boa perda de peso pra mim não é história de superação porcaria nenhuma. Superação é tu vencer um câncer como eu venci migue...Ah sai daaqui!!

Não aguento esse papinho idiota, ain eu era gorda e era doente, ain eu era gorda e me odiava, mano vaza!!! Se você estivesse tão bem assim não sentiria a necessidade de atacar gordo com seu dicurso pseudo salvador de vidas, ah vá pra casa do caray! Pessoas gordas devem ter todo o direito de serem como são, e terem seus direitos de ir, vir, poder se locomover em transporte público com assentos adequados, poder ser socorrido em ambulâncias e ambientes públicos de forma adequada em casos de emergência. A invisibilização social que sofremos no dia a dia dói e exclui o que se torna pior ainda pois ne nega algo tão básico quanto os direitos básicos de um cidadão! Não me venha com o discurso de AI EU ME PREOCUPO COM PESSOAS GORDAS, porque é conto da carochinha isso, Você se incomoda com nossa existência essa é a verdade, por isso ataca quem você chama de doente.

Já parou para refletir no quão absurdo isso é? Imagina você chega para alguém e fala ain nossa você é doente né, você tem escamosis aguda, puxa eu me preocupo tanto com você. Já tentou usar Monange nessa pele escamenta horrorosa aí ow lagartinho 7 peles? 

Aí em seguida você começa o discurso:

- Ah mas quem tem escamosis aguda é nojento né, tem porque não se cuida, não usa o hidratante certo. Parece uma lagarto seco porque só come errado....

Ou então, imagine a seguinte cena. Você chegaria para um careca na rua e falaria para ele:

- Nossa você é careca né...já pensou em fazer um implante?

- E que tal peruca já pensou?

Nuuunca que você faria né? Por que? Porque é tosco, agressivo, deselegante, rude, mas por que você acha tão normal e aceitável fazer isso com pessoas gordas? Quem ou o que te dá o direito de nos atacar publicamente??

A bosta do teu preconceito e gordofobia te fazem delirar achando que pode nos atacar, só que guess what? Pode não mermão!

E é exatamente esse tipinho de gente looouca que descrevi aí em cima que tenta nos vender a insana ideia que emagrecer nos fará magicamente felizes, que emagrecer deve ser a nossa única razão de viver. Que se não for para emagrecer não merecemos mais existir. Só que esse caminho não é o que te fará feliz ou realizade. A felicidade nasce numa fonte chamada eu interior e para chegar nessa fonte você precisa trilhar o árdua caminho do autoconhecimento.

Quando você conhece a si mesma, reconhece o seu valor e para de depender da validação alheia. A autoestima floresce e dá frutos pois autoestima não é simplesmente se achar bonita, mas saber reconhecer seu real valor. Saber reconhecer o seu lugar e o que merece, não se acomodar com migalhas mas enxergar que essa coroa de rainha que você ostenta merece sempre um grande banquete. Você sabe quais são seus pontos fortes quando se conhece e passa também a reconhecer suas fraquezas e entender que tá tudo bem em ter pontos a serem desenvolvidos, ninguém nasce pronto afinal. Sempre haverá algo que você vai querer melhorar, mudar ou que te incomode em você mas quando você tem uma autoestima saudável isso não te joga na lona. Você ganha a compreensão que cada estria, cada celulite, cada cicatriz, cada ruga, cada pinta, cada mancha é uma parte da história que seu corpo conta sobre tudo que trilhou até aqui e tá tudo bem.


Você para de querer ser Rosa quando se descobre Girassol, você entende que ambas são flores mesmo com características tão distintas ambas são belas e possuem seu valor. Crescemos sendo cobradas a sermos mulheres como capas de revistas, anúncios na TV, internet, apps, em todo lugar nos dizem: você não é boa o bastante, bonita o bastante, menor o bastante, etc...

Mas quer saber de uma coisa, eu vou te contar um grande segredo:
VOCÊ É BOA O BASTANTE SIM
VOCÊ É MARAVILHOSA COMO É SIM
VOCÊ É DIGNA DE SER AMADA COMO É SIM
VOCÊ MERECE SER FELIZ SIM
VOCÊ TEM VALOR DO JEITO QUE É SIM!!!



Autoestima não é sobre precisar de aplausos não, é sobre subir todo dia no palco da vida sabendo que o espetáculo é você e tá tudo vem se ninguém aplaudir porque quem tem que saber que você é uma estrela e nasceu para brilhar é você mesma. De nada adianta um milhão de pessoas te verem como uma musa se você não acreditar em si mesma, esse é o segredo!!!



E antes que mimizentos de plantão venham:
Magreza não é sinônimo de saúde, gordura corporal pura e simplesmente não é sinônimo de um corpo doente!!!!
Magros morrem todo dia.
Magros enfartam.
Magros tem AVC.
Magros tem hipertensão.
Magros tem colesterol alto.
Magros tem diabetes.
Magros ficam doentes.
E pasmem, magros morrem!!!








sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Repórter do EXTRA é vítima de gordofobia e interrompe entrevista ao vivo para desabafo



Dia sim, dia também, a reportagem do EXTRA noticia e faz barulho sobre casos de preconceito que ainda são frequentes em nossa sociedade. Nesta terça-feira, porém, não precisamos ir longe para colher o depoimento de mais uma vítima: durante transmissão ao vivo no Facebook do jornal, uma repórter foi ofendida diversas vezes por um leitor enquanto mediava uma entrevista. Samanta Vicentini foi chamada de “gorda”, “gorducha” e “leitoa” por um homem, que não teve constrangimento em se autointitular “gordofóbico”.




O termo (gordofobia) ainda não consta nos dicionários, mas deixa marcas diárias na rotina das pessoas consideradas fora do padrão ideal de beleza da sociedade. Para o EXTRA, ideal foi a resposta de Samanta ao usuário Rafael Monciozo Montiverdi, ainda durante a transmissão. A repórter pediu licença para a entrevistada e respondeu: “Gordo não é ofensa. Isso aqui é só embalagem. Falta de caráter é pior do que gordura”, disse.

Samanta continuou a entrevista, e recebeu mensagens de apoio e carinho da maioria dos espectadores que participavam do ao vivo. Em seguida, a repórter publicou em sua rede social um depoimento sobre o episódio, que reproduzimos a seguir.

O EXTRA printou as mensagens ofensivas e, em seguida, bloqueou o usuário do Facebook - tomando por base os Termos de uso e padrões da página do Jornal Extra, que não permite “Conteúdos impróprios, ofensivos, abusivos, caluniosos, difamatórios, fraudulentos, enganosos, ameaçadores e violentos” e “Comentários discriminatórios de qualquer natureza, em especial quanto a sexo, cor, raça, religião, idade ou situação econômica”. O EXTRA tomará as medidas judiciais necessárias.



Confira a publicação de Samanta:

“Hoje aconteceu um negócio meio chato, então eu queria contar uma historinha. Um cara me chamou de “gorda”, “gorducha”, “leitoa” e ainda completou com “odeio gorda” e “sou gordofóbico”, enquanto eu entrevistava uma convidada em uma das transmissões ao vivo que faço no Jornal Extra.  Foi a primeira vez que isso aconteceu e confesso que fiquei sem reação na hora.  Mas, vem cá. Eu sei que sou gorda, sabe? Tenho espelho em casa. Eu sei o tamanho de roupa que uso. Sou uma mulher de 1,80 e sei que não sou pequena e estou longe de ser “Gisele.””

“Por um segundo eu me importei, confesso. Fiquei triste, sim, apesar de saber que sou gorda, mas isso é uma característica do meu corpo, não define quem eu sou. Massss, eu tenho um sério problema de autoestima e isso mexeu comigo. Porque é assim: eu sou gorda, mas isso só tem que incomodar EXCLUSIVAMENTE a mim, sabe por quê? é o MEU corpo. EU que tenho que falar dele quando e como EU quiser.  Aí, naquele segundo em que fiquei triste, me senti ridícula. Me senti inapropriada e toda aquela insegurança que me perseguia – e que sempre lutei contra – afloraram. No segundo seguinte me dei conta de onde estava e o que estava fazendo. Porra, meu trabalho é legal pra caralho! Todos os dias recebo um montão de mensagens de leitores do Extra que falam que as entrevistas são legais, que são esclarecedoras, que as pautas são bacanas. Imediatamente vários leitores que estavam acompanhando entraram em minha defesa com muito carinho. e, por isso, eu agradeço de coração.”

“Eu tinha duas opções: ficar quieta e ignorar ou dar uma leve pausa na transmissão e responder ao vivo. Se tem uma coisa que o feminismo me ensinou é: não ficar calada. sabe por quê? Porque eu não estou sozinha. Eu pedi licença para a minha convidada e falei o que eu acho, que foi mais ou menos o que escrevi acima, mas de forma resumida. E o jogo seguiu e a entrevista foi superlegal!”

“Pode me chamar de gorda à vontade. Isso é só o meu corpo e eu sei que, por enquanto, ele é gordo mesmo, mas eu posso emagrecer. Agora, pra falta de caráter, ainda não inventaram remédio.”



Confira o vídeo



É por isso que precisamos do empoderamento sim!
Não aceite mais gordofobia, empodere-se e lute contra este preconceito!

Link do post dela









Beijões Gordos,

Claudia Rocha GorDivah
Snap: gordivah